Coronavírus

  • O que é?

Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, como camelos, gado, gatos e morcegos. Esses vírus raramente podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Entretanto, em dezembro de 2019, surgiu a disseminação entre pessoas do RNA vírus denominado novo Coronavírus SARS-CoV-2.

A COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) é uma doença transmitida através de gotículas produzidas nas vias respiratórias de um indivíduo  infectado e lançadas no ambiente através da tosse, espirros ou secreções. A pessoa se infecta ao inalar ou introduzir na boca, olhos ou mucosa nasal as partículas contaminadas com o vírus.

O vírus tem um período de incubação em média de 5 a 6 dias, podendo se estender até ao 14º dia. Estudos recentes indicam que, após o contágio, pacientes infectados podem transmitir o vírus mesmo no período de incubação, ou seja, antes mesmo de manifestar algum sintomas, até os estágios finais de evolução da doença.

  • Quais são os sintomas?

As principais manifestações clínicas são: febre, tosse seca e fadiga. Outros menos comuns são anorexia, mialgias, dor de garganta,
cefaleia, congestão nasal, conjuntivite, erupções cutâneas, diarreia,
perda do olfato e paladar.

A maior parte dos indivíduos infectados são assintomáticos ou desenvolvem apenas quadros leves. Entretanto, alguns indivíduos desenvolvem quadros graves, com complicações, necessitando de internação hospitalar. Nesses casos, foram detectados situações de dispneia (falta de ar); pneumonia; insuficiência respiratória, renal e  cardíaca; septicemia; falência de múltiplos órgãos; e pode até mesmo evoluir para um óbito.

  • Quem é considerado mais vulnerável a essa doença?

Os indivíduos com idade avançada, doenças cardíacas ou pulmonares,
diabéticos, hipertensos ou oncológicos são consideradas mais vulneráveis. Entretanto, há muitos casos de pessoas novas e saudáveis que evoluem para casos graves.

Apesar de a COVID-19 apresentar um quadro clínico em geral com certas características, estas não são específicas, podendo ocorrer apresentações similares em outras condições inflamatórias e infecciosas. Dessa forma, o diagnóstico conclusivo deve ser feito por meio de um exame laboratorial.

  • Como é realizado o diagnóstico?

Os exames laboratoriais para diagnóstico do COVID-19 têm como objetivo realizar a detecção precoce de novos casos, o diagnóstico do quadro agudo e o monitoramento da evolução clínica.

O exame molecular RT-PC realiza a identificação do vírus e é utilizado para rastrear indivíduos infectados antes do aparecimento dos sintomas. Além disso, é considerado o padrão ouro, de acordo com os protocolos oficiais do Ministério da Saúde, para confirmação de casos quando há o aparecimento de sintomas. Esse exame também pode ser utilizado para o monitoramento da evolução do quadro clínico, uma vez que um resultado negativo para um indivíduo já diagnosticado, indica a ausência de replicação viral e a possibilidade de encerramento do isolamento por não oferecer mais risco de contágio.

Os testes rápidos imunocromatográficos e os testes sorológicos identificam os anticorpos produzidos pelo corpo na presença do vírus. Como há um tempo para a resposta imunológica, esses testes são indicados, normalmente, a partir do sétimo dia.

 Os testes sorológicos são utilizados também para rastreio da exposição prévia ao vírus em indivíduos assintomáticos ou naqueles que apresentaram sintomas, mas não realizaram a confirmação laboratorial no momento do quadro agudo, assim como também, para avaliação da imunidade permanente do indivíduo, apesar de ainda não haver comprovação científica dessa hipótese.

  • Métodos de prevenção: