A linhagem B.1.617 do novo coronavírus foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020 e, na semana passada, foram identificados no estado do Maranhão os primeiros casos com essa cepa aqui no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a linhagem B.1.617 como uma “variante de preocupação”, uma vez que estão considerando evidências de que essa nova variante possa provocar o aumento da transmissibilidade, o agravamento da doença, a redução significativa na neutralização por anticorpos produzidos pela infecção ou induzidos pela vacinação, a eficácia reduzida das vacinas ou falhas na detecção pelo diagnóstico. Essa é a quarta linhagem a receber essa caracterização, junto com as variantes P.1, identificada em Manaus, B.1.1.7, do Reino Unido, e B.1.351 ou 501.V2, da África do Sul.
Segundo especialistas, essa nova variante apresenta mutações na estrutura da proteína spike, que é relacionada a entrada do vírus nas células humanas, o que contribuí para que o vírus seja mais transmissível.
Assim, como ainda não há evidências concretas sobre o impacto dessa variante na evolução da infecção para casos mais graves, ou sobre a relação com a eficácia das vacinas já existentes, os cientistas afirmam que a forma mais eficiente para conter a dispersão da variante no Brasil é o isolamento e o cuidado dos infectados e rastreio das pessoas que tiveram contato. Além disso, reforçam que, independente da linhagem circulante, as estratégias de prevenção já utilizadas contra o coronavírus, como utilização de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos, devem ser mantidas e reforçadas.